Ambas as expressões, “Fraternidades Essências” e “Fraternidades Essênias”, podem ser consideradas corretas, mas se referem a conceitos distintos, embora relacionados à ideia de união e valores elevados. A diferença fundamental está na origem e no significado de cada termo.
Fraternidades Essências
A expressão “Fraternidades Essências” é mais um termo genérico, que remete à essência da fraternidade. Ela se refere a grupos ou ideologias que buscam vivenciar a fraternidade em sua forma mais pura e fundamental, ou seja, o amor ao próximo, a solidariedade, a união e o serviço desinteressado. Não se limita a um grupo histórico específico, mas sim a um ideal de vida e convivência.
É a ideia de que a “essência” de um relacionamento humano saudável e evoluído está na capacidade de se ver no outro, de acolher as diferenças e de trabalhar pelo bem comum. É um conceito mais abrangente, que pode ser aplicado a diversas filosofias, religiões e movimentos sociais que promovem a união e o bem-estar coletivo.
Fraternidades Essênias
Já as “Fraternidades Essênias” se referem especificamente aos Essênios, um grupo judaico ascético que viveu na região da Judeia entre o século II a.C. e o século I d.C. Eles eram conhecidos por sua vida comunitária, seus votos de pobreza, castidade e obediência, e sua dedicação ao estudo das escrituras e à prática da cura e da purificação.
Os essênios são frequentemente associados a uma vida de pureza, meditação e profunda conexão com o divino e a natureza. Há teorias que sugerem uma influência essênia sobre o cristianismo primitivo e até mesmo sobre figuras como João Batista e Jesus, embora isso seja tema de debate acadêmico.
Portanto, “Fraternidades Essênias” denota uma fraternidade histórica com características e práticas bem definidas.
Relação com o Mestre João Batista de Macelon (Jean-Baptiste Massillon)
Jean-Baptiste Massillon (1663-1742) foi um bispo e um dos maiores pregadores franceses da Igreja Católica, conhecido por sua eloquência e pela profundidade moral de seus sermões. A relação dele com as “fraternidades” pode ser abordada de duas perspectivas:
- Massillon e as “Fraternidades Essências” (no sentido genérico): Como um religioso, Massillon dedicou sua vida a pregar os valores cristãos, que são intrinsecamente ligados à fraternidade, caridade, compaixão e amor ao próximo. Seus sermões eram um chamado à vivência desses princípios, buscando despertar a essência do ser humano para a união e a solidariedade. Nesse sentido, seus ensinamentos contribuíram para o ideal de uma “fraternidade essência” na vida dos fiéis.
- Massillon e as “Fraternidades Essênias” (o grupo histórico): Não há registros históricos que conectem Jean-Baptiste Massillon diretamente aos Essênios. Os Essênios viveram séculos antes de Massillon. É improvável que Massillon, como um clérigo católico do século XVII-XVIII, tivesse qualquer ligação direta com a comunidade essênia antiga.
- No entanto, no contexto espiritualista (especialmente no espiritismo), a figura de Jean-Baptiste Massillon é reconhecida como um espírito de luz e um mentor espiritual. Ele é citado em obras espíritas, como “O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec, por suas comunicações instrutivas e sérias.
- Nesse âmbito, a referência a “Mestre João Batista de Macelon” (uma possível adaptação do nome Jean-Baptiste Massillon) pode indicar que ele é visto como um guia que atua em esferas espirituais elevadas, promovendo os princípios de união, moralidade e amor, que são a base de qualquer “fraternidade essência” ou mesmo de uma “fraternidade espiritual” que compartilha ideais com os antigos essênios (como a busca pela pureza, o serviço e a vida em harmonia). Ele não seria um essênio reencarnado, mas um espírito que, em sua jornada, defendeu e continua a defender valores que ressoam com a proposta dessas fraternidades.
Em resumo, o termo “Fraternidades Essênias” refere-se a um grupo histórico específico, enquanto “Fraternidades Essências” é um conceito mais amplo, que descreve a ideia fundamental de união e amor. Jean-Baptiste Massillon, como um pregador cristão, promovia a fraternidade em seu sentido mais puro (essencial) e, em círculos espiritualistas, é considerado um espírito que continua a inspirar esses ideais.