Jiddu Krishnamurti (1895-1986) foi um renomado filósofo, escritor, orador e educador indiano, considerado por muitos como um dos pensadores mais revolucionários de seu tempo.
Sua trajetória é bastante peculiar: desde jovem, foi “descoberto” pela Sociedade Teosófica, que o proclamou o futuro “Instrutor do Mundo”, uma figura messiânica que traria a iluminação à humanidade. No entanto, em 1929, Krishnamurti dissolveu a Ordem da Estrela do Oriente – organização criada para prepará-lo para esse papel – e rejeitou qualquer tipo de liderança ou autoridade.
Ele defendia que a verdade é uma “terra sem caminho”, não podendo ser alcançada através de organizações, credos, gurus ou sistemas pré-estabelecidos. Em vez disso, a verdade deveria ser descoberta individualmente, através do autoconhecimento, da observação e da compreensão dos conteúdos da própria mente.
Krishnamurti dedicou sua vida a explorar temas como:
- Revolução psicológica: a necessidade de uma transformação interna profunda, livre de condicionamentos e padrões de pensamento.
- Meditação: entendida não como uma técnica, mas como um estado de atenção plena e observação sem julgamento.
- Liberdade: a verdadeira liberdade só pode ser alcançada com o fim da dependência psicológica de autoridades e ideologias.
- Relações humanas: a importância de compreender as dinâmicas dos relacionamentos para viver em harmonia.
- A natureza da mente e do pensamento: investigar a origem e o funcionamento do pensamento para ir além de suas limitações.
Ele fundou escolas em diversos países, buscando uma abordagem educacional que incentivasse a inteligência e a liberdade de pensamento, em vez de mera acumulação de conhecimento.
Sua obra, vasta e composta principalmente de transcrições de suas palestras e diálogos, continua a inspirar milhões de pessoas ao redor do mundo a questionar, investigar e buscar a verdade por si mesmas.