Você sabe a diferença entre software e aplicativos?

Sumário

Vamos detalhar a diferença entre software e aplicativos e, em seguida, apresentamos o processo de desenvolvimento de software.

 

Diferença entre Software e Aplicativos

 

Termo Abrangência Foco/Função Exemplos
Software Ampla – É o termo mais abrangente. Qualquer conjunto de instruções, dados ou programas que permite a um computador ou dispositivo eletrônico executar tarefas. Ele é a base que faz o hardware funcionar. Software Básico (Sistemas Operacionais como Windows, iOS, Android), Software de Programação (compiladores, editores de código), e engloba também os aplicativos.
Aplicativo (App) Específica – É um tipo de software. Software projetado para realizar uma função específica para o usuário final (ou seja, você). Eles rodam sobre um software de base (o Sistema Operacional). O termo “App” é frequentemente usado para se referir a programas móveis (smartphones, tablets). Microsoft Word, Google Maps, Instagram, um jogo eletrônico, um sistema de gestão empresarial (ERP).

Em resumo: Todo aplicativo é um software, mas nem todo software é um aplicativo. O Sistema Operacional (como o Android ou o Windows) é um software, mas ele não é um “aplicativo” no sentido que você usa para postar uma foto. Ele é a base que permite que os aplicativos rodem.

 

Processo de Desenvolvimento de Software (Ciclo de Vida)

 

O desenvolvimento de software segue um conjunto estruturado de atividades, conhecido como Ciclo de Vida de Desenvolvimento de Software (SDLC – Software Development Life Cycle). Embora as metodologias (como Cascata, Ágil/Scrum) mudem a forma de executar as etapas, as fases fundamentais são geralmente as mesmas:

 

1. Levantamento e Análise de Requisitos

 

Esta é a fase inicial e crucial, onde se entende o que o software precisa fazer.

  • Levantamento: Reuniões com clientes e usuários para entender as necessidades e objetivos do produto.
  • Análise: Documentação e validação de todos os requisitos funcionais (o que o software deve fazer) e não-funcionais (como o software deve ser: desempenho, segurança, usabilidade). O resultado é geralmente um documento de especificação.

 

2. Planejamento

 

Com os requisitos definidos, a equipe planeja como o projeto será executado.

  • Estudo de Viabilidade: Avaliação técnica, econômica e operacional para garantir que o projeto é possível e vale a pena.
  • Definição do Escopo: Estabelecimento de limites e objetivos do projeto.
  • Cronograma e Recursos: Definição de prazos, orçamento, e alocação de equipe e ferramentas.
  • Escolha da Metodologia: Decisão sobre o modelo de desenvolvimento (ex: Ágil, quebra em ciclos curtos chamados sprints, ou Cascata, que segue as fases sequencialmente).

 

3. Design (Arquitetura e Projeto)

 

Nesta fase, o “como” o software será construído é definido.

  • Arquitetura: Definição da estrutura geral do sistema, incluindo tecnologias a serem usadas (linguagem de programação, banco de dados, frameworks).
  • Projeto de Alto Nível: Criação de diagramas e modelos de como os diferentes módulos do software se comunicarão.
  • Design de Interface (UX/UI): Criação da experiência do usuário (UX) e da interface gráfica (UI), ou seja, a aparência e a forma como o usuário irá interagir com o aplicativo.
  • Projeto de Banco de Dados: Modelagem e estrutura de como os dados serão armazenados.

 

4. Implementação (Codificação)

 

É onde o código é, de fato, escrito pelos desenvolvedores.

  • Desenvolvimento: Escrita do código-fonte conforme as especificações de design e os padrões de codificação estabelecidos.
  • Integração Contínua: Em projetos modernos (Ágeis), o código é frequentemente integrado (unido) a outros códigos e testado automaticamente em pequenos pedaços.

 

5. Testes

 

O software é exaustivamente testado para garantir que ele atende aos requisitos e está livre de falhas (bugs).

  • Testes Unitários: Testes em pequenos pedaços de código feitos pelos próprios desenvolvedores.
  • Testes de Integração: Verificação de que diferentes módulos funcionam bem juntos.
  • Testes de Sistema: O software é testado como um todo para verificar se ele atende a todos os requisitos.
  • Testes de Aceitação do Usuário (UAT): Clientes e usuários finais testam o software em um ambiente simulado para confirmar se ele está pronto para uso.

 

6. Implantação (Deployment)

 

Após a aprovação nos testes, o software é instalado e configurado no ambiente de produção, tornando-o disponível para os usuários finais.

  • Preparação: Configuração de servidores, bancos de dados e ambientes de rede.
  • Lançamento: O código é transferido para o ambiente de produção.
  • Monitoramento: Acompanhamento inicial para garantir que não haja problemas críticos após o lançamento.

 

7. Manutenção

 

Esta fase começa após a implantação e dura pelo restante da vida útil do software.

  • Corretiva: Correção de bugs que não foram encontrados na fase de testes.
  • Adaptativa: Modificações necessárias para que o software continue funcionando em novos ambientes (ex: atualização de sistema operacional, novos navegadores).
  • Evolutiva: Adição de novos recursos e funcionalidades para atender às novas necessidades do negócio ou do usuário.

Esse ciclo se repete continuamente (especialmente em metodologias Ágeis), à medida que o software é aprimorado e evolui.

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