A Superioridade Moral de Jesus supera (é mais importante e poderosa do que) Seus Fenômenos (os chamados milagres). Os prodígios eram apenas ferramentas ou manifestações secundárias da Sua grandeza, que residia primariamente em Seu amor e Sua ética.
A palavra “Rabi” (do hebraico Ribbi ou Rabbi) é um título honorífico judaico que significa essencialmente “Mestre” ou “Meu Mestre”.
No contexto bíblico e histórico da época de Jesus, o termo possuía uma conotação de profundo respeito e autoridade no campo do conhecimento e da religião:
- Mestre e Professor: Era o modo como os discípulos, seguidores e pessoas do povo se dirigiam a alguém que ensinava a Lei e os Profetas (a Torá e o restante das Escrituras) com sabedoria e autoridade. Jesus era frequentemente chamado assim.
- Origem e Significado Literal: A palavra deriva da raiz hebraica Rav, que significa “grande”, “muito”, ou “distinto em conhecimento”. O sufixo -i no final torna-o possessivo, significando literalmente “Meu Grande” ou “Meu Mestre”.
- Autoridade Espiritual: No título “Jesus, o Rabi dos Fenômenos”, o termo “Rabi” é usado para enfatizar Sua posição como um Mestre e Doutor que possuía não apenas autoridade moral e doutrinária (como em Seus sermões), mas também uma profunda autoridade e domínio sobre as leis espirituais e materiais, que Ele demonstrava através dos fenômenos extraordinários (“fenômenos”).
Em resumo, ao chamá-Lo de Rabi, as pessoas reconheciam Jesus como um Mestre com sabedoria e poder singulares.
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Introdução: O Homem e o Cristo – Desvendando o Extraordinário
A figura de Jesus de Nazaré transcende as barreiras do tempo e da fé. Sua passagem pela Terra foi assinalada por ensinamentos de profundo amor e moral, mas também por eventos extraordinários que a tradição religiosa rotulou como “milagres”.
Como estudiosos da Doutrina Espírita, da Bíblia e do Jesus Histórico, propomos uma análise didática e respeitosa desses fenômenos, não para desmerecer sua grandeza, mas para compreendê-los à luz das leis naturais, desmistificando o “sobrenatural”.
A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, esclarece que tais prodígios não foram uma derrogação das leis divinas, mas sim a manifestação de leis que, embora desconhecidas na época, regem a interação entre o mundo material e o espiritual. Jesus, em sua pureza e superioridade espiritual, era o Mestre na aplicação dessas leis, utilizando-as sempre em consonância com o Seu elevado padrão moral.
O Que Significa “Rabi”?
A palavra “Rabi” (do hebraico Ribbi ou Rabbi) é um título honorífico judaico que significa essencialmente “Mestre” ou “Meu Mestre”. No contexto bíblico e histórico da época de Jesus, possuía uma conotação de profundo respeito e autoridade no campo do conhecimento e da religião.
Era o modo como os discípulos, seguidores e pessoas do povo se dirigiam a alguém que ensinava a Lei e os Profetas com sabedoria e autoridade. A palavra deriva da raiz hebraica Rav, que significa “grande” ou “distinto em conhecimento”. O sufixo -i no final torna-o possessivo, significando literalmente “Meu Grande” ou “Meu Mestre”.
Ao chamá-Lo de “Rabi da Superioridade Moral”, reconhecemos Jesus como um Mestre com sabedoria e poder singulares, que dominava as leis divinas e as manifestava em atos que os homens daquela época consideravam “milagres”, sempre com um objetivo moralizador ou de consolo.
1. Os Fenômenos Psíquicos: O Poder da Mente e do Espírito
Os fenômenos classificados como psíquicos (ou mediúnicos, na ótica espírita) demonstram a potência da alma de Jesus e sua profunda conexão com o Pai. Eram manifestações de seu Espírito superior atuando diretamente sobre a matéria e sobre outros Espíritos, jamais realizados por mera demonstração, mas sempre como um auxílio.
1.1. Curas Magnéticas e Fluidoterapia
Muitos dos feitos de Jesus envolveram a cura de enfermos. A Doutrina Espírita explica tais curas como o resultado da irradiação do seu fluido vital e espiritual extremamente puro. Sua vontade poderosa, dirigida pela caridade, agia como um magnetismo curador, reequilibrando os fluidos perispirituais dos enfermos, o que se refletia na melhora do corpo físico.
| Passagem Bíblica | Explicação Espírita |
| A Cura da Mulher com Hemorragia: “E disse-lhe: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal.” (Marcos 5:34) | A fé da mulher (confiança e receptividade) permitiu que ela absorvesse o fluido curador de Jesus. Ele sentiu a “virtude” (o poder fluídico) que d’Ele saía, caracterizando uma cura por imposição natural ou contato fluídico, amparada pela moral da confiança. |
| A Cura do Cego de Nascença: “Enquanto eu estiver no mundo, sou a luz do mundo. Dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.” (João 9:5-6) | O lodo era um mero recurso material (como um gesto simbólico ou catártico). A cura se deu pela ação direta do fluido de Jesus, que reorganizou o perispírito e, consequentemente, o órgão da visão. |
1.2. A Dupla Vista e o Conhecimento do Oculto (Clarividência)
A capacidade de Jesus de conhecer pensamentos íntimos, prever eventos e saber de fatos ocorridos à distância é explicada pela Doutrina Espírita como manifestação da clarividência e da audiência (vidência e audiência mediúnicas), faculdades de um Espírito elevado que não tinham o véu da matéria como obstáculo. Esse conhecimento era usado para instruir e consolar, nunca para julgar.
| Passagem Bíblica | Explicação Espírita |
| O Encontro com Natanael: “Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus lhe respondeu, e disse: Antes que Filipe te chamasse, estando tu debaixo da figueira, te vi.” (João 1:48) | Demonstra o uso da dupla vista (clarividência), faculdade que permite ver o que está oculto aos olhos físicos, ultrapassando os limites do espaço. |
| O Diálogo com a Samaritana: “Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. (…) A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo.” (João 4:19 e 25-26) | Jesus revela o passado da mulher (seus cinco maridos) por conhecimento intuitivo e clarividência, provando sua superioridade espiritual e despertando a fé na samaritana, oferecendo-lhe uma oportunidade de redenção moral. |
1.3. Desobsessão e Libertação Espiritual
A expulsão dos “demônios” ou “espíritos imundos” é, sob a ótica espírita, um ato de desobsessão. Jesus, por sua autoridade moral e irradiação fluídica poderosa, afastava os espíritos imperfeitos que obsidiavam as pessoas, libertando-as do jugo espiritual. A cura física era, aqui, inseparável da libertação espiritual e moral.
| Passagem Bíblica | Explicação Espírita |
| Expulsão de Espíritos em Cafarnaum: “Havia na sinagoga um homem com espírito imundo, que bradou, dizendo: Ah! Que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.” (Marcos 1:23-24) | O espírito sofredor (imperfeito) reconhece a superioridade de Jesus e, compelido por sua força moral e fluídica, é obrigado a deixar o corpo do obsidiado. É uma ação de desobsessão por ordem de um Espírito puro. |
2. Os Fenômenos Materiais: Ação da Vontade sobre a Matéria
Os fenômenos materiais são aqueles que causam modificações visíveis e sensíveis na matéria. O Espiritismo os explica pela manipulação do Fluido Cósmico Universal (a matéria elementar), realizada pela força da vontade de um Espírito de elevadíssima hierarquia. Tais prodígios visavam amparar necessidades imediatas e, sobretudo, confirmar a mensagem de imortalidade e a filiação divina do Mestre.
2.1. Materialização e Transporte
A capacidade de Jesus de surgir e desaparecer, ou de caminhar sobre as águas, ilustra a forma como Ele controlava seu perispírito e a matéria elementar, fenômenos hoje estudados como efeitos físicos e transporte.
| Passagem Bíblica | Explicação Espírita |
| Jesus Caminha sobre o Mar: “Mas, à quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por cima do mar.” (Mateus 14:25) | A intensa concentração fluídica de Jesus sobre a água, somada à sua pureza espiritual, permitiu que seu perispírito, em estado de semimaterialização ou condensação fluídica, mantivesse seu corpo físico em suspensão sobre o líquido. É um efeito de ação fluídica sobre a gravidade, usado para acalmar os discípulos. |
| A Multiplicação dos Pães: “E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou e partiu os pães e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. (…) E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram do que lhes sobejou doze alcofas de pedaços.” (Lucas 9:16-17) | Transmutação da matéria por meio do fluido universal. Jesus tinha o poder de condensar o fluido cósmico, formando matéria elementar (os pães e peixes) a partir do nada aparente, ou de acelerar o processo de multiplicação molecular da matéria existente. Demonstração de amor e providência no atendimento à necessidade material. |
2.2. A Transfiguração
O fenômeno da Transfiguração (Mateus 17:1-8) é um marco no Evangelho e um exemplo de exteriorização do perispírito em toda a sua glória e luminosidade. Ao se transfigurar, Jesus permitiu que Pedro, Tiago e João vissem o brilho do seu Espírito desprendido da matéria, acompanhado pela materialização dos Espíritos Moisés e Elias, evidenciando a realidade da vida após a morte e a comunicabilidade dos Espíritos. Este evento foi crucial para fortalecer a fé dos apóstolos antes dos eventos da Paixão.
| Passagem Bíblica | Explicação Espírita |
| A Transfiguração de Jesus: “E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.” (Mateus 17:2-3) | O brilho do rosto e das vestes é a manifestação do perispírito de Jesus, em sua pureza, irradiando intensa luz. A aparição de Moisés e Elias confirma o intercâmbio entre os dois planos da vida, sendo eles Espíritos materializados para o evento. |
Conclusão: A Lei de Amor como Força Suprema
À luz da Doutrina Espírita, os “milagres” de Jesus deixam de ser atos sobrenaturais e passam a ser a demonstração do potencial do Espírito Humano em seu máximo desenvolvimento, utilizando leis divinas ainda desconhecidas pela ciência terrena.
No entanto, o maior de todos os feitos de Jesus não foi o controle da matéria ou a cura física, mas sim a Sua moral inatacável e o Seu Evangelho de Amor. O verdadeiro milagre é a transformação íntima que Ele propôs, fundamentando todo o Seu poder na caridade e na humildade. Os fenômenos foram ferramentas, mas a Superioridade Moral foi a causa e o fim de sua missão, provando que o Espírito domina a matéria e que o maior poder é o amor. O milagre maior reside na redenção moral, resumida no Seu mandamento eterno:
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.” (João 13:34)
Este é o poder que realmente transcende as leis materiais e psíquicas, e que está ao alcance de todos nós.