Visão Física e Visão Espiritual

Uma abordagem sobre a visão da alma e a vidência dentro da Doutrina Espírita.

Ver com os olhos da alma (mente):

Na perspectiva espírita, a visão não se limita aos olhos físicos. Estes são apenas instrumentos que captam as ondas luminosas e as transmitem ao cérebro, onde são decodificadas. A verdadeira percepção, a compreensão e a interpretação do que vemos ocorrem no plano espiritual, através do nosso Espírito.

“Ver com a alma” significa, portanto, perceber a realidade de uma forma mais profunda e abrangente, que vai além das limitações dos sentidos físicos. É a capacidade do Espírito de apreender informações, sentimentos e energias que não são acessíveis à visão comum. Essa “visão” pode ocorrer de diversas maneiras:

  • Intuição: Uma percepção clara e imediata, um “saber” sem a necessidade de raciocínio lógico. É como se uma informação chegasse diretamente à mente.
  • Sensibilidade: A capacidade de sentir as vibrações, as emoções e a presença de outros Espíritos ou energias sutis.
  • Clarividência anímica: A capacidade do próprio Espírito encarnado de perceber o mundo espiritual, sem a intervenção direta de outro Espírito. É como se uma “tela mental” se abrisse, permitindo visualizar cenas, pessoas ou objetos que não estão presentes fisicamente.

O que é vidência?

A vidência, dentro do contexto espírita, é uma faculdade mediúnica que permite ao médium ver, através de seu perispírito (o corpo semimaterial que liga o Espírito ao corpo físico), o mundo espiritual e, em alguns casos, eventos que ocorrem em outros planos ou dimensões.

É importante distinguir a vidência mediúnica da clarividência anímica. Na vidência mediúnica, a visão é geralmente proporcionada pela ação de Espíritos, que podem apresentar imagens ao médium. Na clarividência anímica, a capacidade de ver em nível espiritual é inerente ao próprio Espírito do médium.

Tipos de vidência:

A Doutrina Espírita não classifica a vidência em tipos estanques, mas podemos observar diferentes manifestações dessa faculdade:

  • Vidência simples: O médium vê Espíritos de forma indistinta, como vultos ou sombras.
  • Vidência nítida: O médium consegue distinguir as formas, os traços e, às vezes, até as vestimentas dos Espíritos.
  • Vidência panorâmica: O médium visualiza cenas completas, como se estivesse assistindo a um filme.
  • Vidência em desdobramento (dupla vista): O Espírito do médium se afasta temporariamente do corpo físico e pode ver em outros lugares ou planos.
  • Clarividência no espaço: O médium vê acontecimentos que ocorrem em locais distantes.
  • Clarividência no tempo: O médium tem visões do passado (retrocognição) ou do futuro (precognição).

A prática mediúnica que se utiliza desses conceitos:

Em reuniões mediúnicas espíritas, a vidência pode ser utilizada de diversas maneiras:

  • Identificação de Espíritos: Médiuns videntes podem auxiliar na identificação dos Espíritos comunicantes, descrevendo suas características.
  • Diagnóstico espiritual: A visão espiritual pode ajudar a compreender as causas espirituais de certos problemas ou sofrimentos.
  • Orientação e esclarecimento: Médiuns videntes podem visualizar cenas ou informações que auxiliam no aconselhamento de pessoas necessitadas.
  • Trabalhos de desobsessão: A vidência pode ser útil para identificar a presença e as condições de Espíritos perturbadores.

Segundo a Doutrina Espírita e a melhor educação mediúnica:

A Doutrina Espírita enfatiza que a mediunidade, incluindo a vidência, é uma faculdade séria e que exige responsabilidade, estudo e aprimoramento moral do médium. A melhor educação mediúnica preconiza:

  • Estudo constante: O médium deve conhecer a fundo os princípios da Doutrina Espírita, especialmente os que se referem à mediunidade.
  • Desenvolvimento gradual e seguro: A prática mediúnica deve ser orientada por pessoas experientes e realizada em ambientes adequados.
  • Vigilância e discernimento: Nem tudo que se vê ou se sente no mundo espiritual é necessariamente verdadeiro ou benéfico. O médium deve desenvolver a capacidade de discernir as influências espirituais.
  • Reforma íntima: O aprimoramento moral do médium é fundamental para atrair boas influências espirituais e evitar mistificações. A prática da caridade, da humildade e da benevolência são essenciais.
  • Humildade: O médium deve reconhecer que é apenas um intermediário e que a faculdade é um dom de Deus a ser utilizado para o bem.

Auxiliando a pensar como um Espírito:

Para começar a pensar como um Espírito, podemos considerar os seguintes pontos:

  • A realidade essencial é a espiritual: O mundo material é transitório e uma escola para o nosso aprendizado. A vida continua após a morte do corpo físico.
  • A importância do progresso moral e intelectual: O objetivo principal da existência é a evolução do Espírito.
  • A interconexão de todos os seres: Somos todos parte de uma mesma família espiritual e estamos ligados uns aos outros. Nossas ações têm consequências para nós mesmos e para os outros.
  • A lei de causa e efeito: Tudo o que fazemos gera consequências, sejam elas imediatas ou futuras.
  • A misericórdia e a justiça divina: Deus é infinitamente justo e bom, e oferece oportunidades constantes de aprendizado e reparação.
  • A busca pela verdade e pelo bem: O Espírito deve estar sempre em busca do conhecimento e da prática do bem.

Ao nos esforçarmos para compreender essas perspectivas, podemos começar a expandir nossa consciência e a perceber a vida de uma maneira mais alinhada com a nossa natureza espiritual. A vidência, quando desenvolvida com seriedade e responsabilidade, pode ser uma ferramenta valiosa nesse processo de compreensão da realidade espiritual que nos cerca.

2 comentários em “Visão Física e Visão Espiritual”

  1. Nadia Maria S Barroso

    Interessante
    Eu já tive uma experiência c uma senhora q havia falecido
    Eu a encontrei na rua e fiquei assustada porque sua neta havia dito q. ela tinha morrido
    Conversei com ela e comentei sobre
    Ela me disse coisas q vieram acontecer.Fiz uma prova e tive sua ajuda.Tirei ótima nota.Disse q eu iria me aposentar. Qdo na verdade estava afastada do trabalho por 2 anos e já aguardava abandono de trabalho.Houve uma sindicancia, minha defesa, pessoa na minha defesa.Retornei ao trabalho e em 2007 veio a aposentadoria
    TUDO OCIRREU COMO. ELA HAVIA DITO
    Hoje sinto odores as vezes de flores ou de fumo e as vezes batidas na porta.

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