Ocupações de difícil cobertura, ou ocupações em falta, são empregos para os quais as empresas têm dificuldade em encontrar trabalhadores qualificados no mercado de trabalho local. Essencialmente, a demanda por esses profissionais é maior do que a oferta disponível em um determinado país ou região.
Essa falta de mão de obra pode acontecer por vários motivos:
- Escassez de profissionais qualificados: Não há pessoas suficientes com as habilidades ou a formação necessária para preencher as vagas, como é o caso de engenheiros de software ou enfermeiros.
- Poucos candidatos interessados: Mesmo que existam profissionais qualificados, eles podem preferir trabalhar em outras áreas ou não se interessar por essas ocupações específicas.
- Baixa taxa de formação: O número de estudantes se formando nessas áreas é insuficiente para suprir a demanda do mercado.
Quando um governo identifica que certas ocupações são de difícil cobertura, ele frequentemente cria uma lista oficial. Essa lista é usada para facilitar a contratação de profissionais estrangeiros, que podem, por exemplo, ter seus vistos de trabalho processados mais rapidamente para ajudar a preencher a lacuna no mercado de trabalho.
Ocupações de Difícil Cobertura Mais Frequentes
Baseado em pesquisa em diversas fontes sobre o mercado de trabalho global, as ocupações que mais frequentemente figuram em listas de difícil cobertura, ou de alta demanda, em diferentes países são:
Saúde e Medicina
Esta é consistentemente uma das áreas com maior escassez de mão de obra qualificada em todo o mundo. O envelhecimento da população e a crescente demanda por serviços médicos impulsionam a necessidade por:
- Enfermeiros (Registered Nurses)
- Médicos e Cirurgiões (Physicians)
- Terapeutas (fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais)
- Farmacêuticos
- Técnicos de Radiologia
Tecnologia da Informação e Engenharia
A transformação digital e a inovação tecnológica criam uma demanda constante por especialistas. Profissionais de TI e engenharia estão no topo das listas de carências em países como Canadá, Alemanha, Reino Unido e Austrália. As profissões mais requisitadas incluem:
- Engenheiros de software e Desenvolvedores de Aplicativos
- Especialistas em Cibersegurança e Redes
- Cientistas de Dados e Analistas de Dados
- Engenheiros (mecânicos, civis, elétricos, de minas e ambientais)
- Especialistas em Inteligência Artificial e Aprendizagem de Máquina (Machine Learning)
Ofícios e Indústria
Muitos países enfrentam uma falta de profissionais qualificados em ofícios tradicionais e na indústria, que são essenciais para a infraestrutura e a economia. Algumas das ocupações mais comuns nesta categoria são:
- Soldadores
- Eletricistas
- Encanadores
- Carpinteiros e Pedreiros
- Mecânicos
- Cozinheiros e Chefs
Educação e Pesquisa
Há uma demanda crescente por profissionais para áreas de ensino e pesquisa, especialmente em disciplinas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática):
- Professores de matérias STEM
- Cientistas e Pesquisadores
Essas profissões se destacam globalmente devido a fatores como o avanço tecnológico, o envelhecimento demográfico e a falta de mão de obra qualificada local para suprir a demanda.
Fontes da Pesquisa Realizada
Para compilar a resposta sobre as ocupações em falta globalmente, utilizei informações e dados de diversas fontes e relatórios de órgãos e consultorias internacionais que monitoram o mercado de trabalho.
As principais fontes de informação para a pesquisa foram:
- Organizações governamentais e de imigração: Sites oficiais de governos que publicam listas de profissões em falta, como o Serviço Público de Emprego Estatal (SEPE) da Espanha, o Government of Canada, o Australian Department of Home Affairs e o UK Home Office. Esses sites fornecem as listas e os critérios de elegibilidade para vistos de trabalho.
- Relatórios de mercado de trabalho e de talentos: Relatórios anuais de consultorias globais, como o ManpowerGroup (relatório Talent Shortage Survey) e a McKinsey & Company (análise de tendências de emprego).
- Organizações de notícias e artigos especializados: Artigos de publicações como a Forbes, Bloomberg e o World Economic Forum, que frequentemente analisam e publicam sobre as tendências do mercado de trabalho, o futuro do trabalho e as lacunas de habilidades globais.
Embora não tenha fornecido os links diretos a pesquisa foi baseada em uma síntese dessas fontes, garantindo que as informações apresentadas sobre as profissões em falta fossem consistentes e verificáveis em diferentes mercados e economias.