A Loucura Sob Novo Prisma

A história do filho de Bezerra de Menezes que sofria de problemas de saúde mental é um capítulo importante em sua vida e na sua trajetória como médico e espírita. Embora o nome específico do filho com essa condição não seja amplamente divulgado nos materiais pesquisados, é sabido que Bezerra de Menezes vivenciou a dor de ter um filho com uma enfermidade mental grave, a ponto de precisar ser internado no então chamado Hospício Pedro II.

Essa experiência pessoal foi um catalisador para Bezerra de Menezes aprofundar seus estudos sobre a loucura sob a ótica espírita. Ele já tinha uma mente científica e aberta, mas o sofrimento de seu filho o impulsionou a buscar respostas que a medicina da época, puramente materialista, não conseguia oferecer.

A Luta e a Busca por Respostas:

  • Sofrimento familiar: O problema de saúde mental do filho trazia grande sofrimento para a família. Há relatos de que o filho gritava à noite, perturbando o sono e, em alguns momentos, forçando a família a mudar de casa devido às reclamações dos vizinhos.
  • Abordagem espírita: Bezerra de Menezes, já adepto do Espiritismo, passou a investigar a loucura sob a perspectiva das influências espirituais, particularmente a obsessão. Ele buscava compreender as causas da doença do filho para além do aspecto puramente orgânico.
  • “A Loucura sob Novo Prisma”: Essa vivência inspirou a escrita de seu livro seminal “A Loucura sob Novo Prisma”, onde ele discute a loucura como um fenômeno complexo que pode ter origens tanto físicas quanto espirituais. Ele defende a existência da alma e a influência de espíritos desencarnados na saúde mental dos indivíduos.
  • Intervenção espiritual: Há relatos de sessões mediúnicas onde Bezerra de Menezes buscava auxílio para o filho. Em um desses relatos, é mencionado que, em uma sessão, um obsessor do filho foi trazido e conversou com Bezerra de Menezes, confessando a influência e afirmando que o filho já havia “resgatado” seu débito. Após essa intervenção, o filho teria tido um momento de lucidez, conversando com a mãe e reconhecendo o pai, embora sem memória de sua vida anterior à doença.

Essa história demonstra a profunda compaixão de Bezerra de Menezes e sua dedicação em aplicar os princípios espíritas na compreensão e no tratamento das aflições humanas, mesmo diante de suas próprias dores familiares. A experiência com seu filho foi fundamental para que ele desenvolvesse uma visão mais abrangente da loucura, integrando o conhecimento médico com a perspectiva espiritual.

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