Coração, Oxigênio e Neurônios

A importância da compreensão do papel do médium e da visão espírita sobre saúde, doença e cura.


O Coração, o Cérebro e a Essência da Vida

O coração é a bomba vital do corpo, o motor que impulsiona o sangue rico em oxigênio e nutrientes para cada célula, incluindo as do nosso complexo sistema nervoso. Para entender por que essa função é tão crucial, precisamos mergulhar no funcionamento dos neurônios, os blocos construtores do cérebro, e em como eles se comunicam.

Os Neurônios: A Base da Inteligência e da Consciência

Os neurônios são células altamente especializadas e metabolicamente ativas. Para desempenhar suas funções de receber, processar e transmitir informações, eles consomem uma quantidade significativa de energia, produzida principalmente através da respiração celular aeróbica, que exige um suprimento constante de oxigênio.

Cada neurônio é uma rede de comunicação sofisticada:

  • Os dendritos atuam como antenas, recebendo sinais de outros neurônios.
  • O corpo celular integra esses sinais.
  • O axônio, o “cabo” de transmissão do neurônio, propaga o impulso nervoso (um sinal elétrico) para a frente. Muitos axônios são revestidos por uma bainha de mielina, que acelera a condução do impulso, permitindo uma comunicação rápida e eficiente.
  • As sinapses são os pontos de conexão onde a informação é transferida. Na maioria das vezes, essa transferência ocorre quimicamente, através da liberação de neurotransmissores que ativam ou inibem o neurônio seguinte. Essa rede intrincada de bilhões de neurônios, axônios e sinapses é a base de tudo o que pensamos, sentimos e fazemos.

O Lobo Frontal: O Centro do Comando Humano

Entre as diversas regiões do cérebro, o lobo frontal é de particular importância, especialmente nos seres humanos. Localizado na parte da frente da cabeça, é o maior dos lobos cerebrais e atua como o “centro de comando” para funções cognitivas superiores, que nos distinguem como espécie.

Suas funções são vastas e incluem:

  • Funções executivas: Planejamento, tomada de decisões, resolução de problemas, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva.
  • Controle comportamental: Inibição de impulsos e regulação do comportamento social.
  • Personalidade: É crucial para a expressão da nossa individualidade e traços de caráter.
  • Controle motor voluntário: Inicia os movimentos que fazemos conscientemente.
  • Linguagem: Abriga a Área de Broca, essencial para a produção da fala.

A alta complexidade e a variedade das funções do lobo frontal o tornam extremamente vulnerável à falta de oxigênio. Sem um fornecimento contínuo de sangue oxigenado pelo coração, as delicadas redes neuronais no lobo frontal não podem funcionar, levando a deficiências severas nas capacidades cognitivas e comportamentais.


O Coração e a Parada Irreversível

É um fato médico que, é possível manter uma pessoa “viva” por aparelhos se o cérebro estiver com mau funcionamento, paralisado ou até mesmo sem função (em caso de morte encefálica), desde que o coração seja mantido em funcionamento (seja por si mesmo ou com o auxílio de máquinas, como a circulação extracorpórea). Nesses casos, as funções vitais básicas (circulação, respiração) podem ser mantidas, mas a consciência e as funções cerebrais superiores não existem ou estão severamente comprometidas.

Entretanto, o inverso não é verdadeiro por muito tempo: não se pode manter uma pessoa viva por muito tempo se o coração parar de funcionar de forma eficaz.

O Tempo Limite da Parada Cardíaca

Quando o coração para de bombear sangue, o fluxo de oxigênio para o cérebro é interrompido quase que imediatamente. Os neurônios, que têm uma demanda energética altíssima e pouquíssimas reservas de energia, começam a sofrer danos irreversíveis em questão de minutos.

  • Parâmetro de Estudo: O tempo crítico geralmente aceito para a reversão de uma parada cardíaca com poucas ou nenhuma sequela neurológica é de cerca de 3 a 5 minutos. Após esse período, as chances de recuperação neurológica completa diminuem drasticamente.

O Que Acontece Após Esse Tempo?

Após 3 a 5 minutos sem oxigênio, as células cerebrais começam a morrer em um processo chamado necrose. Quanto mais tempo o cérebro fica sem oxigênio, maior e mais extenso é o dano.

  • Danos Neurológicos Permanentes: Após esse período crítico, mesmo que o coração seja reiniciado, a pessoa pode sofrer sequelas neurológicas graves e irreversíveis, como dano cerebral hipóxico-isquêmico. Isso pode resultar em estado vegetativo persistente, coma, tetraplegia, perda de memória, déficits cognitivos severos, ou até mesmo morte encefálica.
  • Morte Encefálica: Se o dano cerebral for extenso e irreversível, levando à perda completa e permanente de todas as funções cerebrais (incluindo o tronco cerebral, que controla funções vitais como a respiração), a pessoa é declarada em morte encefálica. Embora o coração possa continuar batendo (às vezes com o auxílio de aparelhos), medicamente, a pessoa é considerada morta.

É Possível Sobreviver Após Esse Tempo na Medicina?

No campo da medicina convencional, a sobrevivência sem sequelas neurológicas após uma parada cardíaca prolongada (além de 5-10 minutos sem reanimação efetiva) é extremamente rara, mas não impossível em certas circunstâncias muito específicas.

  • Hipotermia Terapêutica: Em alguns casos, especialmente em ambientes hospitalares, a hipotermia terapêutica (resfriamento do corpo após a parada cardíaca) pode ser utilizada para diminuir o metabolismo cerebral e estender o tempo de tolerância à isquemia, melhorando as chances de recuperação neurológica. Isso ocorre porque a baixa temperatura reduz a demanda de oxigênio dos neurônios, dando mais tempo para a reanimação.
  • Reanimação Imediata e Eficaz: A chave para a sobrevivência com bom prognóstico neurológico é a reanimação cardiopulmonar (RCP) imediata e de alta qualidade, que pode manter um fluxo sanguíneo mínimo para o cérebro até que o coração seja reiniciado.

Se uma pessoa “passa desse tempo limite” e sobrevive sem sequelas graves, isso teria uma explicação científica, geralmente ligada a fatores como: a efetividade da RCP, a causa da parada cardíaca, a temperatura corporal no momento do evento (hipotermia acidental pode proteger o cérebro), e a saúde geral do indivíduo. Não há casos cientificamente comprovados de recuperação cerebral funcional após longos períodos de ausência de oxigênio em temperatura corporal normal sem intervenção.


Estudo de Caso: Parada Cardiorrespiratória e as Possíveis Abordagens

Caso Concreto

Uma pessoa cardiopata, já operada de peito aberto, passa mal e sofre parada cardiorrespiratória. Demora 15 minutos para chegar ao Hospital e receber os primeiros socorros. Encontra-se em coma induzido e entubada, recebendo atendimento médico.


Abordagem da Medicina Tradicional

Sob o ponto de vista da Medicina tradicional, a prioridade absoluta em uma parada cardiorrespiratória é a reanimação cardiopulmonar (RCP) imediata e de alta qualidade. A demora de 15 minutos para o início dos primeiros socorros no hospital é um fator crítico e extremamente desfavorável para o prognóstico neurológico e de vida.

O que poderia ter sido feito (idealmente no local do evento e durante o transporte):

A RCP deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente por qualquer pessoa treinada. Os passos fundamentais, seguindo as diretrizes atuais (como as da American Heart Association – AHA), são:

  1. Reconhecimento: Confirmar a inconsciência e a ausência de respiração ou respiração agônica (gasping).
  2. Acionamento do Serviço de Emergência: Ligar imediatamente para o serviço médico de emergência (SAMU, etc.).
  3. Início Imediato das Compressões Torácicas (Massagem Cardíaca):
    • Posicionamento: Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida e plana. Ajoelhar-se ao lado da vítima.
    • Mãos: Posicionar a base de uma mão no centro do peito da vítima (metade inferior do esterno), entre os mamilos. Colocar a outra mão sobre a primeira, entrelaçando os dedos ou mantendo-os estendidos.
    • Postura: Manter os braços esticados e os cotovelos travados, posicionando os ombros diretamente sobre as mãos.
    • Compressões: Realizar compressões fortes e rápidas, afundando o tórax em pelo menos 5 cm (mas não mais que 6 cm) em adultos, a uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto. É crucial permitir o retorno total do tórax após cada compressão.
    • Interrupções Mínimas: As interrupções nas compressões devem ser minimizadas ao máximo.
  4. Abertura das Vias Aéreas e Ventilações (Respiração Artificial):
    • Após 30 compressões, abrir as vias aéreas elevando o queixo e inclinando a cabeça para trás (manobra head tilt-chin lift).
    • Realizar 2 ventilações de resgate (boca a boca ou com dispositivo bolsa-máscara), observando a elevação do tórax da vítima. Cada ventilação deve durar cerca de 1 segundo.
    • A relação recomendada é 30 compressões para cada 2 ventilações (30:2). Em situações onde o socorrista não se sente seguro ou não pode realizar a ventilação (ex: leigo sem treinamento), deve-se focar apenas nas compressões torácicas contínuas e de alta qualidade até a chegada da ajuda especializada.
  5. Desfibrilação (se disponível): Se houver um Desfibrilador Externo Automático (DEA) por perto, utilizá-lo assim que possível. O DEA analisa o ritmo cardíaco e, se necessário, aplica um choque elétrico para tentar reverter a arritmia que causa a parada.

No caso apresentado, com 15 minutos de ausência de fluxo sanguíneo para o cérebro antes do atendimento hospitalar, as chances de recuperação neurológica completa são baixíssimas. O coma induzido e a entubação são medidas para proteger o cérebro (diminuindo seu metabolismo e demanda de oxigênio) e garantir a ventilação mecânica, respectivamente, enquanto se tenta reverter a causa da parada e avaliar a extensão do dano cerebral.


Outra Abordagem: A Visão Espírita e a Atuação Mediúnica

Considerando que a reanimação não foi realizada imediatamente, mas houvesse um médium de efeitos físicos no local, a perspectiva espírita oferece uma explicação alternativa para a potencial intervenção e seus efeitos.

O Que é um Médium de Efeitos Físicos?

Um médium de efeitos físicos é aquele que possui a faculdade mediúnica de produzir fenômenos materiais observáveis, como movimentos de objetos, transportes, ruídos, aparições, e até mesmo a materialização de fluidos e espíritos. Sua mediunidade se manifesta na capacidade de ceder seu fluido vital (energia de seu próprio corpo físico) e de atuar como intermediário para a manipulação dos fluidos espirituais pelos Espíritos desencarnados.

Fluidos e Transfusão Fluídica na Doutrina Espírita

Na Doutrina Espírita, os fluidos são energias sutis que preenchem o universo. Destacam-se:

  • Fluido Cósmico Universal (FCU): A matéria-prima elementar de onde tudo se origina.
  • Fluidos Espirituais: Vibrações do FCU modificadas pela vontade e pensamento dos Espíritos. Podem ser de natureza variada (curadores, magnéticos, desorganizadores, etc.).
  • Fluido Vital: Uma espécie de energia que anima a matéria orgânica e que é inerente aos seres vivos. Ele é finito e se esgota com a morte.

A transfusão fluídica é o processo de doação e recebimento desses fluidos. Pode ocorrer entre um Espírito e um encarnado, entre encarnados (no passe magnético), ou entre encarnados e Espíritos (no passe mediúnico). O médium de efeitos físicos, com sua constituição perispiritual mais flexível e sua capacidade de ceder fluido vital, é um excelente canal para essa transfusão.

O Passe e Suas Modalidades

O passe é a transfusão de fluidos (magnéticos e/ou espirituais) com o objetivo de reequilibrar o campo energético do paciente.

  • Passe Magnético: Realizado por encarnados que emitem seus próprios fluidos magnéticos (derivados do fluido vital). Sua ação é mais física, atuando na vitalidade e na harmonização do corpo. Um médium de efeitos físicos, por possuir um fluido vital mais abundante e maleável, teria uma capacidade mais acentuada de transmitir fluidos magnéticos.
  • Passe Mediúnico: Realizado por um médium que atua como intermediário para a transmissão de fluidos espirituais manipulados por Espíritos benfeitores. Nesse caso, a energia principal vem dos planos espirituais, direcionada pelo médium.
  • Passe Misto: Combinação do passe magnético (do médium) com o passe mediúnico (dos Espíritos). É a forma mais comum e poderosa, pois soma a vitalidade do médium à potência dos fluidos espirituais.

O Papel do Médium como Instrumento e Ferramenta

É fundamental compreender que o médium é apenas um instrumento, um canal, e não o agente principal da cura. A ação efetiva no campo da saúde espiritual depende da presença e atuação dos Espíritos benfeitores, especialmente os “médicos espirituais” ou equipes de socorro do plano espiritual. São eles que possuem o saber, a técnica e o domínio dos fluidos e das leis que regem a vida e a matéria, conhecimentos que, em sua maioria, ainda são desconhecidos pelos homens encarnados.

O médium, especialmente um de efeitos físicos, pode ser uma ferramenta mais potente e “usável” pelos Espíritos devido à sua constituição fluídica particular e à sua capacidade de ceder e manipular fluidos. No entanto, sua eficácia como instrumento está diretamente ligada ao seu aprimoramento intelecto-moral. Um médium que busca o estudo da Doutrina Espírita, o desenvolvimento de sua moral, a prática da caridade e a disciplina em sua mediunidade, torna-se um canal mais puro e sintonizado com os planos superiores. Desenvolver a mediunidade com responsabilidade é um dever de caridade, pois a mediunidade é um dom concedido para o auxílio ao próximo.

A Atuação do Médium de Efeitos Físicos na Parada Cardíaca

No caso concreto da parada cardiorrespiratória, a atuação do médium de efeitos físicos, pelos fluidos próprios (magnéticos) e espirituais (manipulados pelos benfeitores), visaria uma transfusão fluídica para:

  1. Estimular o coração: Através da energia fluídica direcionada, busca-se “reenergizar” as células cardíacas, reativando seus impulsos elétricos e sua capacidade de contração. Isso não é uma ação mecânica, mas energética, buscando reverter a paralisação funcional.
  2. Prolongar o tempo de vida (evitar a desencarnação): Ao fortalecer o perispírito e o corpo físico com a transfusão fluídica, o médium (e os Espíritos) tentariam manter a conexão vital do Espírito com o corpo por mais tempo. Isso poderia dar um “fôlego” extra, um maior tempo de latência vital, permitindo que a pessoa resistisse até que os primeiros atendimentos médicos chegassem. A ideia é adiar o processo de desencarnação, que é o desligamento gradual do Espírito do corpo.

Imposição de Mãos e Mentalização

  • Imposição de Mãos: É a forma mais comum de aplicação do passe, pois as mãos do médium servem como condutoras dos fluidos. Acredita-se que há centros energéticos (chacras nas mãos) que facilitam a exteriorização e a captação de fluidos.
  • Mentalização (Irradiação e Vibração): A mentalização é uma ferramenta poderosa. Mesmo sem a imposição de mãos ou a presença física do médium, a mentalização focada de auxílio e irradiação fluídica por um médium (ou um grupo) pode, sim, promover condições para uma sobrevida ou maior tempo. A mente é um potente gerador e direcionador de fluidos. Espíritos benfeitores podem captar essas irradiações e utilizá-las para intervir à distância, condensando e direcionando fluidos energéticos para o paciente, visando sustentar a vida em seu corpo físico. Isso é um ato de caridade e auxílio espiritual.

Regeneração Celular e Intervenção Cardíaca

A regeneração das células ou a intervenção no problema cardíaco, sob a ótica espírita-fluídica, não ocorreria da mesma forma que na medicina (por exemplo, cirurgia cardíaca). Seria um processo:

  • Energético-Vibracional: Os fluidos, ao serem direcionados para o coração e o corpo do paciente, atuariam no nível vibratório do perispírito e, por sua vez, impactariam as células físicas. Essa “transfusão fluídica” traria vitalidade e harmonização, buscando restabelecer a função elétrica e contrátil do coração, bem como a integridade energética do sistema.
  • Auxílio Espiritual Direto: Espíritos médicos especializados, com a capacidade de manipular fluidos de forma mais sutil e precisa, poderiam intervir diretamente no plano fluídico do órgão afetado, tentando restabelecer a “estrutura” e o funcionamento energético do coração, o que se refletiria no plano físico. Isso poderia envolver a recomposição de campos energéticos desequilibrados ou a injeção de vitalidade para superar o choque da parada.

Um médium de efeitos físicos, por sua constituição peculiar que permite maior intercâmbio com o plano espiritual e manipulação de fluidos, possuiria uma faculdade de cura mais apurada no sentido de ser um canal mais potente para a ação dos Espíritos e para a doação de fluido vital. Eles podem atuar em diversas áreas da saúde, desde problemas orgânicos até desequilíbrios psíquicos, sempre através da manipulação e direcionamento de fluidos.

Provas e Expiações: A Compreensão Espírita da Doença

A Doutrina Espírita nos ensina que muitas doenças físicas e psíquicas são oportunidades de “provas e expiações”.

  • Provas: São desafios que o Espírito escolhe (ou aceita) antes de reencarnar para seu aprendizado, desenvolvimento e fortalecimento moral. A doença pode ser uma prova que testa a paciência, a fé, a resignação e a capacidade de superação do indivíduo e de seus familiares.
  • Expiações: São consequências de erros ou faltas cometidas em vidas passadas. A doença, nesse caso, surge como um mecanismo de reajuste, purificação e reparação. O sofrimento físico ou psíquico, embora doloroso, atua como um catalisador para a transformação moral e o adiantamento do Espírito.

É por essa razão que, para a Doutrina Espírita, nem todas as doenças e situações médicas podem e/ou devem ser curáveis, do ponto de vista espiritual. Em certos casos, a cura é a própria doença, no sentido de que a enfermidade é o meio pelo qual o Espírito tem a oportunidade de refletir, de se arrepender, de desenvolver virtudes e de quitar débitos do passado. Remover a doença nesses casos, sem a devida transformação interior, seria adiar ou impedir o aprendizado necessário.

Nesse contexto, o médium e os médicos espirituais atuam como auxiliares, buscando sempre o bem maior do enfermo. Se a doença é uma prova ou expiação necessária, a intervenção espiritual pode não visar a cura completa, mas sim:

  • O alívio do sofrimento (através de fluidos analgésicos ou tranquilizantes).
  • O fortalecimento do enfermo para que ele suporte a prova com mais resignação e aprendizado.
  • A inspiração para a medicina humana descobrir novos tratamentos.
  • O prolongamento da vida (como no caso da parada cardiorrespiratória), caso o Espírito precise de mais tempo para concluir sua jornada ou aprender alguma lição.

A decisão de intervir e em que medida fazê-lo é sempre dos Espíritos superiores, que possuem a visão e a sabedoria para entender o que é melhor para o progresso do Espírito envolvido, respeitando seu planejamento reencarnatório e suas necessidades de aprendizado. O médium, como ferramenta, apenas obedece à orientação e atua sob a supervisão desses benfeitores.


Benefícios da Conjugação de Medicina e Espiritismo para a Saúde Integral

A Medicina tradicional e o Espiritismo não são excludentes, mas complementares. A medicina atua no corpo físico, utilizando o rigor técnico-científico para diagnosticar e tratar as doenças, prolongando a vida e aliviando o sofrimento. Sua eficácia é comprovada e indispensável em emergências como a parada cardiorrespiratória.

O Espiritismo complementa essa visão ao adicionar a dimensão espiritual do ser humano. Reconhece que muitas enfermidades têm raízes no perispírito e no Espírito, e que o tratamento integral deve considerar esses aspectos.

A conjugação de ambos beneficia a saúde integral ao:

  • Oferecer suporte em todas as dimensões: Enquanto a medicina cuida do corpo físico, o Espiritismo oferece apoio espiritual, compreendendo as causas mais profundas das aflições e proporcionando consolo, esperança e auxílio fluídico.
  • Acelerar recuperações: Em alguns casos, a harmonia e o fortalecimento fluídico proporcionados pelo passe e pela irradiação podem complementar os tratamentos médicos, auxiliando o organismo a responder melhor e acelerando a recuperação.
  • Lidar com a morte: Para a medicina, a morte do corpo é o fim da vida. Para o Espiritismo, é a passagem para outra dimensão da existência, o que pode trazer mais serenidade e aceitação para pacientes e familiares.
  • Promover a prevenção integral: Além da prevenção física, o Espiritismo incentiva a reforma íntima e a conduta moral como forma de manter a saúde do Espírito e do perispírito, que se refletem no corpo físico.
  • Educar sobre o propósito da vida: O entendimento de provas e expiações ajuda o indivíduo a encarar a doença não apenas como um infortúnio, mas como uma oportunidade de crescimento e transformação moral, dando um novo significado à experiência.

No caso concreto, a prioridade médica seria a reanimação imediata. A intervenção espírita, se compreendida, poderia ser um complemento valioso na busca de um prolongamento da vida ou de uma recuperação mais favorável, agindo no campo energético e vital do indivíduo, enquanto a ciência trabalha para reestabelecer as funções orgânicas. O ideal é sempre buscar a conjunção de ambos, onde a ciência atua no que lhe compete e a espiritualidade oferece o amparo e a compreensão que transcendem a matéria, sempre visando o bem maior do paciente e seu progresso espiritual.

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