O conceito de corpo astral está presente em diversas tradições esotéricas e filosóficas, e se refere a um corpo energético ou sutil que seria uma duplicata do corpo físico. A ideia central é que esses dois corpos, o físico e o astral, interagem de maneiras diferentes dependendo do estado de consciência de uma pessoa.
Vamos entender em detalhes como essa interação ocorre nos estados de vigília, transe e projeção astral:
1. Vigília (Consciência Plena e Desperta)
Durante a vigília, quando estamos acordados e com plena consciência, o corpo astral e o corpo físico estão em total coincidência. Isso significa que eles estão perfeitamente alinhados e interconectados. Nesse estado, todas as sensações, percepções e ações que experimentamos no mundo físico são transmitidas e processadas através da interação contínua entre esses dois corpos. O corpo astral, nesse sentido, atua como um mediador entre a consciência e o corpo físico, permitindo-nos interagir com o ambiente ao nosso redor.
2. Sono
No sono, a dinâmica entre o corpo astral e o corpo físico muda significativamente. O corpo astral se retira em maior ou menor grau do corpo físico. Geralmente, ele permanece flutuando logo acima do corpo físico, mas não está mais completamente sobreposto a ele. Nesse estado de semi-retirada, a consciência da pessoa não está plenamente focada no corpo físico, e é por isso que não estamos conscientes do ambiente externo da mesma forma que na vigília.
Essa “desconexão” parcial permite que o corpo astral tenha maior liberdade. É durante o sono que muitos relatos de viagens astrais involuntárias ou sonhos lúcidos ocorrem. Embora o corpo astral esteja presente, ele não está sob o controle consciente da pessoa na maioria das vezes, resultando em experiências que podem ser vistas como sonhos vívidos ou sensações de flutuação.
3. Transe, Síncope, Desmaio e Anestesia
Em situações como transe, síncope (desmaio), quando desmaia ou sob a influência de um anestésico, o corpo astral também se retira do corpo físico de forma similar ao sono, mas com algumas particularidades. Nesses casos, a retirada é geralmente mais pronunciada e pode ser vista como uma projeção automática ou involuntária.
- Transe: Em estados de transe profundo (induzido por hipnose, meditação intensa ou práticas espirituais), a consciência pode ser direcionada para outros planos ou dimensões. A retirada do corpo astral permite que a consciência opere fora das limitações do corpo físico, possibilitando experiências de clarividência, projeções guiadas ou comunicação com outras entidades (dependendo da crença).
- Síncope e Desmaio: Nestes estados, há uma perda temporânea da consciência física devido a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. A retirada do corpo astral é uma resposta natural do organismo para proteger o corpo físico. A pessoa pode não ter lembranças claras dessas experiências, mas há relatos de sensações de leveza, flutuação ou a observação do próprio corpo “de fora”.
- Anestesia: Quando sob efeito de um anestésico, o corpo físico é temporariamente “desligado” da consciência para permitir procedimentos médicos sem dor. A retirada do corpo astral é crucial nesse processo, pois é essa separação que impede a percepção da dor física. Pacientes em anestesia profunda frequentemente relatam experiências fora do corpo (EQM – Experiências de Quase Morte) ou sensações de levitação.
Projeção Astral Automática ou Involuntária
A característica comum a todos esses cenários (sono, transe, síncope, desmaio e anestesia) é que a projeção astral é automática ou involuntária. Isso significa que a separação do corpo astral do corpo físico ocorre sem a intenção consciente da pessoa. É um processo natural do organismo, seja para permitir o descanso, proteger o corpo ou lidar com estados alterados de consciência.
Em resumo, a compreensão da interação entre o corpo astral e o corpo físico oferece uma perspectiva fascinante sobre os diferentes estados da consciência e as experiências que podemos ter além das limitações do corpo material.