Espiritualidade, Deus e Nossa Relação Com O Divino Segundo Wagner Borges

Assista o Podcast com Wagner Borges:

 

Wagner Borges, um dos nomes mais respeitados no cenário espiritualista brasileiro, defende uma visão de espiritualidade ampla, desvinculada de dogmas religiosos e focada na expansão da consciência e no caráter do indivíduo.


 

Espiritualidade segundo Wagner Borges

 

Para Wagner Borges, a espiritualidade não é uma religião, um lugar ou uma doutrina, mas sim um estado de consciência e uma atitude perante a vida. Ele enfatiza que a espiritualidade é:

  • Consciência: É o reconhecimento de que existem múltiplas energias e planos de existência, e que o ser humano é muito mais do que apenas a sua forma física. É a compreensão de que somos “centelhas vitais de um mesmo Todo, uma mesma Luz”.
  • Universalismo: Borges valoriza os ensinamentos de diversas tradições espirituais, como Jesus e Buda, sem ver conflito entre eles. Ele acredita que a verdade é universal e não está restrita a uma única crença.
  • Atitude e Caráter: A verdadeira espiritualidade se manifesta nas ações, pensamentos e sentimentos do indivíduo. É aquilo que se busca para melhorar a própria consciência, independentemente de rótulos doutrinários. Envolve ética, amor, discernimento e a busca por ser uma pessoa melhor.
  • Autoconhecimento: A jornada espiritual é intrinsecamente ligada ao conhecimento de si mesmo. Ao se aprofundar na própria essência, o indivíduo se conecta com o “eterno que está em tudo”.
  • Livre-arbítrio: A espiritualidade genuína não envolve entregar a vida e o livre-arbítrio nas mãos de outros, mas sim tomar as próprias decisões e fazer as próprias escolhas.
  • Esforço e Dedicação: Não há crescimento espiritual sem esforço, trabalho e tempo. Não existe “salto quântico” da consciência baseado na preguiça.

 

Deus e nossa relação com o Divino na visão de Wagner Borges

 

Wagner Borges tem uma visão bastante aberta e não antropomórfica de Deus, ou do Divino:

  • Deus como “O Todo” ou “Poder Absoluto”: Ele prefere usar termos como “O Todo”, “O Grande Arquiteto do Universo” ou “O Amor Maior que Gera a Vida”. Para ele, Deus não é uma figura humana, com gênero ou forma, mas sim pura Consciência, Luz e Energia que permeia toda a existência.
  • Divino em tudo (Panenteísmo): A divindade não está apenas “lá em cima”, mas está em tudo, inclusive dentro de nós. Como Jesus teria dito “Eu e o Pai somos um”, Wagner Borges ressalta a ideia da unidade e expansão da consciência, onde somos centelhas divinas e podemos compreender o Divino que está em tudo.
  • Sem intermediários: Borges enfatiza que Deus não precisa de intermediários. A relação com o Divino é íntima e pessoal, baseada no que se sente e como isso se reflete no caráter e nas ações.
  • Amor e não medo: Ele critica a religiosidade baseada no medo e na punição, defendendo uma relação com o Divino pautada no amor e na compreensão.
  • Propósito da existência: Para Wagner Borges, a existência tem um propósito, e esse propósito está muitas vezes ligado ao que podemos fazer pelos outros, e não apenas por nós mesmos.

Em síntese, Wagner Borges convida a uma espiritualidade prática, consciente e libertária, onde a conexão com o Divino se dá através da expansão da própria consciência e da manifestação do amor e da ética no dia a dia, transcendendo as barreiras dogmáticas das religiões tradicionais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima