O termo “rapport energético”, tal como o discutimos no contexto da Doutrina Espírita, não possui uma origem única e formalmente definida na ciência ou na psicologia convencionais. Ele surge mais naturalmente dentro do vocabulário e da compreensão das interações energéticas conforme descritas e observadas no âmbito do espiritismo e de algumas outras práticas holísticas ou espirituais.
Origem do Termo no Contexto Espírita:
A expressão “rapport energético” é uma construção que combina dois conceitos bem estabelecidos:
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Rapport: Este termo tem uma história mais rastreável, com raízes na psicologia e na comunicação. Em psicologia, “rapport” se refere a uma conexão harmoniosa, um entendimento mútuo e uma comunicação facilitada entre pessoas. Foi particularmente estudado no contexto da psicoterapia e da comunicação interpessoal, descrevendo a sensação de confiança e empatia que se desenvolve entre o terapeuta e o paciente, ou entre quaisquer indivíduos interagindo efetivamente. A palavra tem origem no francês, significando “trazer de volta”, “relacionar” ou “estar em relação”.
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Energético: No contexto espírita, o termo “energético” refere-se às energias sutis que permeiam o universo e que são inerentes aos seres espirituais (encarnados e desencarnados) através do seu perispírito. Essas energias são a base das interações espirituais, da influência mútua e dos fenômenos mediúnicos.
A junção desses dois termos no espiritismo descreve, portanto, a conexão ou sintonia que se estabelece no nível das energias sutis (perispirituais) entre os seres. Essa sintonia facilita a comunicação, a troca de fluidos e a influência mútua, de forma análoga ao “rapport” psicológico, mas operando em um plano energético e espiritual.
História e Pesquisa:
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No Espiritismo: A compreensão do “rapport energético” está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da Doutrina Espírita por Allan Kardec no século XIX. As obras básicas do espiritismo, como “O Livro dos Médiuns”, detalham os mecanismos da comunicação mediúnica, enfatizando a importância da sintonia vibratória entre o médium e o espírito comunicante. Embora o termo “rapport energético” em si possa não ser usado extensivamente nas obras originais, o conceito subjacente é amplamente explorado ao discutir a afinidade, a simpatia e a necessidade de elevação moral para uma boa sintonia mediúnica. A pesquisa no espiritismo ocorre principalmente através da observação de fenômenos mediúnicos, do estudo das comunicações espirituais e da análise das experiências de médiuns e participantes dos trabalhos espirituais.
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Em Outras Áreas: Conceitos semelhantes ao “rapport energético” podem ser encontrados em outras tradições espirituais, filosofias esotéricas e práticas de cura energética, embora com terminologias diferentes (como “ressonância vibracional”, “campos de energia”, “sintonia áurica”, etc.).
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Na Ciência Convencional: A ciência convencional ainda não reconhece formalmente a existência do “rapport energético” da forma como é descrito no espiritismo. As interações energéticas sutis e a influência do perispírito não são atualmente objetos de estudo dentro do paradigma científico tradicional. No entanto, áreas como a parapsicologia (que estuda fenômenos psíquicos) e algumas linhas de pesquisa em física quântica e biocampo exploram fenômenos que poderiam, em alguma medida, estar relacionados à ideia de interações energéticas sutis entre seres vivos. É importante notar que essas áreas ainda são consideradas marginais pela comunidade científica dominante.
Em resumo, “rapport energético” é um termo que emerge principalmente do contexto espírita para descrever a sintonia vibratória entre seres espirituais, facilitando a comunicação e a influência mútua em um nível energético sutil. Sua “história” está ligada ao desenvolvimento da doutrina espírita, e a “pesquisa” ocorre principalmente dentro desse campo através da observação e análise dos fenômenos mediúnicos. Embora conceitos semelhantes possam ser encontrados em outras áreas, a ciência convencional ainda não incorporou formalmente essa compreensão das interações energéticas.